15/08/2022

Chikungunya não deve ser esquecida durante a pandemia

Doença continua atingindo a população brasileira e pode causar graves sequelas

A pandemia da covid-19 fez todas as atenções se voltarem às medidas de prevenção à doença. E diante do turbilhão de informações e mudanças provocado pelo enfrentamento ao novo coronavírus, patologias já conhecidas também tornaram a afligir os brasileiros.

Um delas é a chikungunya, que significa “aquele que anda encurvado”. O nome tem origem africana e é uma referência à forma a qual algumas pessoas se portam em meio às fortes dores nas articulações, principalmente nos joelhos e tornozelos.

Transmissão
Assim como a dengue, a doença é causada por um vírus transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti. A propagação ocorre quando o inseto está contaminado, após ter atingido um ser humano já infectado.

De acordo com o infectologista do Grupo Interne, doutor João Paulo França, a enfermidade também pode ser disseminada durante a gestação, situação em que o bebê adquire a patologia da mãe. “Quando ela fica doente nas primeiras semanas, as chances de contágio do neném são menores. Mas se o feto for contaminado nesse período, há maior possibilidade de sequelas”, explica.

O médico ressalta que o quadro se inverte nos casos em que a mãe fica doente no final da gravidez. “O risco de infecção da criança aumenta drasticamente. Porém, a probabilidade da doença deixar sequelas diminui”, esclarece.

Por outro lado, não existe contágio através da amamentação, relação sexual ou transfusão sanguínea, como diz doutor João Paulo. “Diferente da zica, a doença não é transmitida através do sexo.”

Sintomas
O infectologista explica que a chikungunya provoca febre, dor de cabeça, mal-estar e dores nas articulações. “A cura é espontânea e acontece após a fase aguda, que geralmente dura cerca de 15 dias”, conclui.

Em alguns casos, a doença causa ainda o surgimento de manchas vermelhas ou bolhas pelo corpo. Alguns indivíduos também desenvolvem um quadro crônico, com a prevalência das dores nos cotovelos, joelhos e tornozelos por meses e até anos.

Prevenção
Assim como o novo coronavírus, não existe vacina para a chikungunya. Por isso, a prevenção continua sendo a melhor forma de proteção.

Como o mosquito se prolifera em água parada, os cuidados visam eliminar o acúmulo do líquido em pneus, garrafas, reservatórios, recipientes ou qualquer superfície que favoreça a reprodução do inseto.

Os repelentes e mosqueteiros também são ótimos aliados.

Tratamento
As pessoas que são contaminadas pela chikungunya devem ser acompanhadas por um médico. O tratamento é feito com o uso de medicamentos analgésicos e antitérmicos. Em alguns casos, também pode ser necessária a utilização de corticóides e anti-inflamatórios, além de fisioterapia.

Recomendações
Doutor João Paulo reforça a importância de ir a uma unidade de saúde, em caso de suspeita da doença. Ele ainda salienta que, quando há a confirmação do diagnóstico, o descanso é fundamental. “O repouso deve ser obedecido para prevenir sequelas. A hidratação também é imprescindível”, afirma.

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