15/08/2022

Com a saúde mental não se brinca

Doenças provocam desequilíbrios no organismo e precisam de acompanhamento contínuo

Não é frescura, mi mi mi ou vontade de chamar a atenção. As doenças mentais realmente existem e causam bastante sofrimento, embora muita gente ainda ache o contrário.

De acordo com a psicóloga do Grupo Interne, Andreia Miranda Colasso, essa percepção é resultado da inexistência de provas físicas dos transtornos. “O adoecimento mental ainda gera muitos tabus e preconceitos, pois não há um exame de sangue capaz de detectar o problema”, afirma.

Razões
As doenças mentais estão associadas às emoções e aos sentimentos. Elas também podem ser causadas por fatores genéticos e características bioquímicas do cérebro.

Andreia explica que as emoções são reações físicas do corpo, como alegria, tristeza e medo. Já os sentimentos externam a forma em que se interpreta a emoção, ou seja, envolve a subjetividade, a percepção do mundo.

É essa compreensão que define os comportamentos, pois a saúde mental está relacionada à vivência dos fatos. “Cada ser humano tem sua carga genética, sua interação com o mundo e sua vivência em sociedade. O adoecimento não ocorre por um único motivo, e sim, por múltiplos fatores”, esclarece a psicóloga.

Indícios
O adoecimento mental provoca desequilíbrio no organismo, causando angústia, amargura e tristeza, entre outras reações. O acometimento pode ser leve, moderado ou grave.

Segundo Andreia, nem todo quadro de tristeza é sinal de depressão. “A tristeza é uma emoção. Quando a tristeza paralisa, isso é um sofrimento. E quando o sofrimento toma a pessoa e tem grau elevado, tira a vontade de viver, isso é um adoecimento”, ressalta.

Na depressão, o estado é de tristeza profunda e permanente, de desesperança e há desinteresse por atividades prazerosas. Trata-se de uma doença crônica, que causa ainda distúrbios do sono, falta de apetite, cansaço, perda de peso, sentimento de culpa, diminuição da libido e pensamentos suicidas.

Tratamento
A depressão é uma doença grave, sendo uma das principais causas de suicídio em todo o mundo. Por isso, precisa de acompanhamento médico contínuo, com o uso de medicamentos e psicoterapia.

“A terapia ajuda a entender melhor as emoções e a ampliar a visão sobre os fatos que acontecem na vida. Essa consciência de como se reage e se vê o mundo possibilita a modificação”, explica Andreia.

Segundo a psicóloga, o trabalho é individualizado. “A análise leva em consideração o sofrer, o adoecer, ou seja, o jeito de ser e as percepções de quem apresenta a doença”, conclui.

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