15/08/2022

Entenda como age o coronavírus

Sintomas da doença são semelhantes aos da gripe, afetando o sistema respiratório. A epidemia levou a Organização Mundial de Saúde (OMS) a declarar situação de emergência pública.

Há algumas semanas, o avanço da epidemia do coronavírus mudou a rotina da população chinesa. A doença também levou a Organização Mundial de Saúde (OMS) a declarar situação de emergência pública, sendo motivo de preocupação de governos e habitantes de vários países.

A enfermidade é uma infecção causada por um vírus que compromete o sistema respiratório. Ela se espalha rapidamente e possui sintomas e transmissão parecidos aos de um resfriado. Mas, apesar da semelhança, o médico infectologista do Grupo Interne, Rafael dos Anjos, afirma que são doenças distintas. Por isso, a vacina da gripe não tem nenhuma eficácia contra o coronavírus.

Sintomas
Os portadores do vírus apresentam tosse seca, falta de ar, febre e dor no corpo. No entanto, o infectologista ressalta que existem diversas doenças com os mesmos sintomas. “É importante dizer que só há a suspeita do coronavírus se a pessoa tiver vínculo epidemiológico nos últimos 14 dias, que é ter vindo da China ou tido contato físico com alguém que esteve lá. Nós não temos transmissão fora da região nem nos países da Ásia”, explica.

Tratamento
Nas situações em que o indivíduo se enquadra em todas as condições favoráveis à patologia, a orientação é procurar um serviço médico de confiança. Contudo, o infectologista explica que não existe tratamento específico contra infecções por vírus. “O que fazemos é administrar medicamentos para combater os sintomas. Se o paciente tem febre, toma antitérmico. Se tem dor no corpo, toma analgésico. Além disso, as orientações são de permanecer em repouso e hidratado sempre”, afirma.

Após o fim dos sinais físicos, ele está livre da infecção. “Entre os tipos de coronavírus que a gente já conhece, a cura ocorre com o desaparecimento dos sintomas. Isso significa que não tem mais propagação”, diz.

Contágio
A transmissão da doença acontece pela aspiração de partículas do vírus, depois do contato com a coriza de pessoas infectadas. “O contágio em ambientes públicos pode ocorrer quando se toca em superfícies contaminadas e se leva a mão ao rosto, pois há exposição ao nariz, à boca e aos olhos. Mas é improvável que exista disseminação ao consumir alimentos com gotículas de saliva, porque o suco gástrico vai deteriorar o agente nocivo”, esclarece.

Também se deve evitar o compartilhamento de itens de uso pessoal. Entretanto, caso seja realmente necessário, uma boa lavagem com água e sabão resolve o problema.

Rafael dos Anjos ainda explica que não é preciso se preocupar quanto ao manuseio de produtos de origem chinesa. Segundo o infectologista, o coronavírus não tem a mesma sobrevida na superfície de um objeto como no corpo de uma pessoa. “A incubação no organismo humano é de 14 dias. Porém, o vírus vai permanecer muito menos tempo fora dele. Então, não tem sentido ficar com receio”, assegura.

Portanto, não existe nenhuma razão para pânico. Basta ficar atento e tomar as precauções necessárias, especialmente nos locais em que há aglomeração de pessoas.

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