15/08/2022

Manchas na pele sem sensibilidade pode ser hanseníase?

A característica é um dos sintomas mais comuns da doença, mas, antes de qualquer diagnóstico, é necessário consultar um médico para receber o diagnóstico.

Você já deve ter ouvido falar da hanseníase e até se perguntado se aquela pintinha, ou manchinha, na sua pele poderia ser um sinal da doença. Acertamos? Pois saiba que nem sempre é caso! É preciso, primeiro, compreender a enfermidade e desmistifica-la.

A hanseníase é uma doença crônica e transmissível, que afeta a pele e os nervos periféricos do corpo. Mas, ao contrário do que muitos pensam, ela não é hereditária e a sua evolução depende de características do sistema imunológico da pessoa que foi infectada, ou seja, aquela marca de nascença nada tem a ver com o problema. Entretanto, você pode ficar atento a outros sintomas, como por exemplo:



– Sensação de formigamento, fisgadas ou dormência nos dedos das mãos e dos pés;

– Manchas brancas ou avermelhadas, geralmente com perda da sensibilidade ao calor, frio, dor e tato;

– Áreas da pele aparentemente normais que têm alteração da sensibilidade e da secreção de suor;

– Caroços e placas em qualquer local do corpo;

– Diminuição da força muscular (dificuldade para segurar objetos).



Estes sintomas, apesar de bem característicos, podem demorar, em média, cinco anos para aparecer após a contração da hanseníase, já que a doença tem um período de incubação bastante longo. Por isso, o Ministério da Saúde recomenda a procura do serviço médico assim que seja notado o aparecimento de manchas em qualquer parte do corpo, principalmente se a pele apresentar alteração de sensibilidade ao calor e ao toque, já que o diagnóstico precoce é essencial para evitar o agravamento da doença, que pode trazer deformidades físicas.

Atualmente, o tratamento da hanseníase é feito grauitamente pelo Sistema Público de Saúde (SUS), através da ingestão de dois ou três medicamentos, chamada de poliquimioterapia. Assim que o processo é iniciado, o paciente para imediatamente de transmitir a doença, ou seja, para se contrair a enfermidade só com contato prolongado com fluidos do aparelho respiratório (como secreções nasais e saliva) de pacientes que ainda não receberam o tratamento. Além disso, a imunidade baixa também pode ser um fator de risco para o contágio.

No entanto, algumas pessoas têm receio de manter contato com pessoas infectadas, o que aumenta o preconceito em torno da doença, que atinge mais de 32 mil pessoas por ano no Brasil, de acordo com o último levantamento da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP), divulgado em 2017. Apesar do número de casos ter diminuído nos últimos anos (eram 40,1 mil em 2007), o Brasil ainda retém 11,6% do total global de novas ocorrências, fazendo do país o segundo no ranking mundial, atrás apenas da Índia.

Por isso, o acesso à informação é essencial para combater a disseminação da doença (e do preconceito!). Busque fontes confiáveis para aprender sobre o assunto e procure levar um estilo de vida saudável, com uma alimentação balanceada e prática de atividades físicas. Além disso, tenha uma boa rotina de higiene, realize exames clínicos periodicamente e mantenha suas vacinas em dia. Elas melhoram a resposta imunológica do organismo e podem interromper a cadeia de transmissão da doença.

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