15/08/2022

Outubro Rosa: Saiba tudo sobre a prevenção e o tratamento do câncer de mama

Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) ressalta importância da adoção precoce de um estilo de vida saudável



O Brasil deve ter mais de 66 mil novos casos de câncer de mama em 2020, de acordo com a projeção do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Esse dado alarmante reforça o papel do Outubro Rosa, movimento mundial que alerta sobre a importância do diagnóstico precoce e da prevenção da doença.

A campanha mobiliza profissionais de saúde e diversas áreas da sociedade médica e civil em prol da conscientização das pessoas. Segundo a mastologista Vanessa Leal Ramos, essa rede de apoio também adverte sobre o câncer de colo de útero.

“Todas as sociedades que estão implicadas no tratamento do câncer de mama e do colo do útero se unem para tentar promover mais acesso aos meios diagnósticos”, esclarece.



Prevenção
“O quanto antes melhor”. Esse é o tema escolhido pela Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) para o movimento Outubro Rosa deste ano. O título faz referência à influência positiva da adoção de hábitos saudáveis, o mais cedo possível, na prevenção ao câncer de mama.

Segundo Dra. Vanessa, é comprovado cientificamente que uma boa alimentação, a prática de exercícios, não fumar e não consumir álcool em excesso evitam a incidência da doença.

“Não existe uma maneira de diminuir o risco absoluto, mesmo com acompanhamento contínuo. O que podemos fazer é o diagnóstico precoce”, afirma a mastologista.



Quem procurar
Embora o Outubro Rosa ocorra desde 1990, muita gente ainda tem dúvida sobre qual o especialista responsável por prevenir e tratar o câncer de mama.

Dra. Vanessa explica que doenças relacionadas à mama devem ser acompanhadas por um mastologista. Já o ginecologista obstetra atua na prevenção do câncer de colo de útero e de patologias nas partes genital, pélvica e do ovário.

“Dor mamária, saída de secreção pelo mamilo, nódulo na axila ou qualquer queixa na região, o mastologista é o médico especialista”, salienta. Logo, quando há o diagnóstico do câncer de mama, esse o profissional que conduz o tratamento junto a uma equipe interdisciplinar.

Nódulos
Um dos sinais de alerta do câncer de mama são os nódulos mamários, classificados em císticos ou sólidos. Os do primeiro tipo apresentam líquidos no interior, que podem ser fluídos ou espessos. “Os cistos raramente viram câncer. Então, a gente não costuma acompanhar de maneira especial essas pacientes”, afirma a mastologista.

Por outro lado, os nódulos sólidos necessitam de avaliações detalhadas. “`Às vezes, é preciso fazer punção e biópsia. Normalmente, vemos a paciente com mais frequência, pelo menos de seis em seis meses”, observa.



Tratamento
De acordo com Dra. Vanessa, as lesões detectadas na mamografia seguem uma classificação, que dá indícios da sua gravidade. Assim, quanto maior o grau, maior deve ser a atenção.

“A definição do acompanhamento é baseada em diversos aspectos. Há nódulos que nem acompanhamos. Realizamos a cirurgia mesmo sem ser câncer, pois não operamos só os casos da doença”, pondera.

“Não existe uma receita de bolo, uma regra única para todos os pacientes. O que fazemos é individualizar o olhar, levando em consideração a história familiar, que vai ter implicações no tratamento”, conclui.



Homens
Apesar da maioria dos casos atingir as mulheres, o câncer de mama também acomete os homens. Entretanto, diferente das recomendações dadas ao sexo feminino, as entidades de saúde ainda não fornecem orientações sobre as condutas de prevenção.

Dra. Vanessa explica que os homens representam 1% das ocorrências. “Como não existe uma orientação clara de visitas regulares ao mastologista, eles vão ao consultório quando há queixas. As situações mais comuns são nódulos na mama. Então, a mastologia também é uma especialidade voltada aos homens”, ressalta.



Pessoas trans
As pessoas trans são outra parcela da população que precisam fazer visitas regulares aos mastologistas e exames de imagem.

“Uma mulher trans tem mamas e hormônios femininos atuando na glândula mamária. Assim, há o risco de câncer de mama. Da mesma maneira, os homens trans que ainda não fizeram a mastectomia”, esclarece.



Mastectomia redutora de risco
Em 2013, a atriz Angelina Jolie foi submetida a uma cirurgia de retirada das mamas. Esse procedimento é chamado de mastectomia redutora de risco.

Segundo Dra. Vanessa, a intervenção é realizada para diminuir as chances de desenvolver o câncer de mama ao longo da vida. “Ela não zera o risco e é indicada apenas em casos muitos específicos, quando o paciente possui comprovadamente um estudo genético”, afirma.

“Nesses casos, há a participação de mais uma especialista na equipe interdisciplinar, o geneticista. Ele faz uma investigação familiar em pacientes com história positiva de câncer, através de uma testagem genética”, complementa.

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